quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

ONU declara o fim da fome na Somália


                          ONU declara o fim da fome na Somália
Uma boa safra, depois de chuvas abundantes, e a distribuição de alimentos por parte das organizações humanitárias terminaram com a fome na Somália, embora as condições continuem frágeis e podem até deteriorar-se, anunciou a Organização das Nações Unidas.
A ONU declarou fome em duas partes do sul da Somália em julho passado e estendeu a o alerta de fome em setembro também de 2011 a seis das oito regiões do Corno de África.
A Organização das Nações Unidas acrescentou ainda que inicialmente 750 mil pessoas enfrentavam a fome iminente. Este número caiu para 250 mil durante o mês de novembro. "As colheitas são frágeis e podem acabar se não tiverem apoio contínuo", disse Mark Bowden, coordenador humanitário da ONU para a Somália.
Enquanto, a distribuição de ajuda a cerca de 180 mil pessoas em campos na capital de Mogadíscio, melhoraram a situação do país, a guerra civil na Somália meridional e central continuam a impedir a entrega de alimentos nas zonas mais afectadas.
As forças do governo têm lutado contra rebeldes islâmicos nos últimos cinco anos, enquanto as forças do Quénia e da Etiópia entraram no país o ano passado para ajudar na luta contra a Al Qaeda.
03 Fevereiro 2012



Por: Beatriz Mateus

Piratas da Somália

São cidadãos somalis que atuam na costa da Somália, no Oceano Índico, e atacam navios cargueiros que atravessam o Golfo de Aden. Para saquear e sequestrar navios utilizam barcos de fibra de vidro, armamentos pesados e plano de ação executados por grupos de 10 a 50 homens.

Além de saquear dinheiro e produtos dos navios, ainda cobram recompensas pelo resgate dos tripulantes e embarcações , em média 2 milhões de dólares por cada navio. A pirataria somali está mais concentrada no Golfo de Aden, que em terra corresponde a região de Puntland, na corte norte da Somália.
As incursões dos piratas somalis são relacionadas com o enfraquecimento do Estado somali e do enfraquecimento da sua politica interna, principalmente da União das Cortes Islâmicas. Sendo um dos países mais pobres do mundo, o governo somali nas últimas décadas sempre se colocou ausente perante as situações social e econômica do país.
Este cenário se agravou a partir dos anos 90, com a deposição de Siad Barre, o litoral pesqueiro é explorado somente para a pesca de subsistência, e a falta de uma patrulha estatal nas águas somalis permitiu o avanço dos piratas . Nos anos 2000, Um fraco governo de transição passou a ser apoiado pelo exército etíope, no país milhões de pessoas ainda vivem abaixo da linha de miséria e vitimados pela fome.
Em 2008, cerca de cem navios foram abordados na costa da Somália, gerando prejuízos para várias empresas e países exportadores. O desvio que empresas navais realizam para não passar pelo Golfo do Aden encarece a logística dos produtos transportados.

Por: André Carvalhinho

Fonte: http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/nytimes/2008/12/17/ult574u9029.jhtm
http://meridiano47.info/2008/11/23/consequencias-da-falencia-de-um-estado-pirataria-nas-aguas-da-somalia-por-evandro-farid-zago-xaman-korai-pinheiro-minillo/

Somália

  Somália é um pais de África com 637 657Km quadrados, e com uma população estimada 8 228 000 habitantes.

Este pais é uma pais com grandes dificuldades económicas devido a falta de água e a guerras civis, tendo um PIB per capita 795 USD.






 
  O país oferece uma fraca qualidade de vidas aos seus cidadãos, encontra-se na posição 161 no indicador do IDH ( com 0.284) e tem uma taxa de ,mortalidade infantil enorme, com 116,3mortes por cada mil nascimentos. A taxa de alfabetização deste país 37,8% sendo a maioria homens.

 A Somália tem sido noticia devido a ataques de piratas que sequestram petroleiros e tripulações para trocar por dinheiro de resgate, uma questão que a ONU tenta combater.

Por: André Bernardo
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Som%C3%A1lia
 http://pt.euronews.net/2010/12/31/nato-vigia-costa-somali/




terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

WARIS DIRIE - Mutilação Genital Feminina

Todos os anos, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), por volta de 3 milhões de meninas são vítimas de mutilação genital. A modelo WARIS DIRIE foi uma delas. No apogeu de sua carreira, ela chocou a opinião pública com a revelação de que fora circuncidada quando menina.





Desde que Dirie quebrou o tabu do silêncio, ela escreveu vários livros sobre a sua vida, iniciando uma luta contra a circuncisão feminina. O livro “ Flor do Deserto” já vendeu mais de 11 milhões de cópias e a sua filmagem representou a Alemanha no último Festival de Cinema de Veneza.











"Flor do Deserto", o filme baseado em sua autobiografia, é um protesto poderoso contra a mutilação genital feminina, uma prática comum na África e em outras partes do mundo.





Dirie foi uma dos 12 filhos de uma família nómada da Somália. Aos 13 anos escapou de ser vendida como esposa para um homem de 60 anos, por cinco camelos. Após fugir para Mogadíscio, seguiu para Londres, acompanhando seu tio diplomata.

Como autodidacta, ela aprendeu a ler e a escrever. Ao ser descoberta por um fotógrafo para uma campanha da cadeia McDonald's, cinco anos mais tarde, Dirie ganhou fama mundial.

Na película, a vida da pequena pastora de ovelhas no seio da família nómada somali-muçulmana aparece primeiramente como um paraíso romântico africano. Após um salto de muitos anos no tempo, ela é mostrada andando sem-tecto pelas ruas de Londres, trabalhando como empregada até ser descoberta por um fotógrafo famoso.

Cenas de sua meteórica carreira de modelo são alternadas com flashbacks de seu passado traumático e sangrento. Hormann afirmou que o que lhe interessou na história de Dirie foi o facto de "não ser uma vítima". "Ela está actuante até hoje", observa a directora.


Por: Daniela Marques.

"Casamento forçado de adolescentes pode fazer 100 milhões de vítimas"

Unicef diz que problema pode ocorrer até 2020 caso não haja mudanças; todos os anos 145 milhões de meninas se tornam mães. Mais de 100 milhões de meninas podem ser vítimas de casamentos forçados durante a próxima década; a estimativa é parte de um estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef. Segundo o Fundo, um terço de mulheres, entre 20 e 24 anos, foi forçado a se casar antes de completarem 18 anos. Uma das consequências do casamento forçado é a maternidade precoce. Mais de 145 milhões de meninas dão à luz todos os anos, muitas delas não estão preparadas física ou psicologicamente para a responsabilidade. A representante especial do Secretário-Geral sobre Violência contra Crianças, Marta Santos Pais, falou à Rádio ONU, em Nova York, sobre o drama das crianças obrigadas a se casar. “O que nós sabemos é que, ao casar e ao assumir responsabilidades no seio da família, não só ficam dependentes da autoridade do marido e da família do marido. Muitas vezes, sem ter um direito à educação e poder contribuir, construtivamente, para o desenvolvimento da família e da sociedade. Mas, em segundo lugar, muitas vezes ao engravidar, vem a dar à luz com uma idade muito baixa e isto cria riscos gravíssimos no momento do nascimento da criança” (...)
Autor: Ália Santa

Desmantelada rede envolvida em "casamentos brancos" para legalização de imigrantes

 A Unidade Nacional Contra-Terrorismo (UNCT) da Polícia Judiciária desencadeou hoje de madrugada uma operação nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto visando desmantelar uma rede envolvida na legalização de imigrantes, através da falsificação de documentos, tendo já detido dez pessoas.

A acção ainda não está terminada e entre os alvos dos mandados de detenção emitidos por Helena Fazenda, magistrada do Departamento Central de Investigação e de Acção Penal (DCIAP), figuram uma conservadora do registo civil, um funcionário da segurança social, quatros portugueses e três paquistaneses.

Associação criminosa para auxílio à imigração ilegal é a principal acusação imputada aos arguidos que deverão ser interrogados, durante o fim de semana, pelo juiz Carlos Alexandre, titular do Tribunal Central de Instrução Criminal, que determinou a realização de inúmeras buscas.

As primeiras detenções registaram-se cerca das duas horas da madrugada de hoje e os detidos na zona do Porto estão a ser conduzidos para Lisboa, juntamente com a documentação apreendida nas buscas domiciliárias aos suspeitos.

A rede estaria associada à realização dos chamados casamentos brancos entre imigrantes de origem paquistanesa e mulheres portuguesas, para facilitar a respectiva legalização no Espaço Scheghen. O "casamentos branco" é um expediente que agiliza o acesso do "marido" extra-comunitário a um passaporte português e livre circulação no interior da União Europeia e noutros espaços onde é dispensado o visto a cidadãos comunitários.

A conservadora hoje detida será suspeita de cumplicidade na realização deste tipo de contratos. Um funcionário da segurança social foi também detido por alegada conivência na emissão de documentos para sustentar a exibição de contratos de trabalho falsos, que seriam feitos com empresas fictícias criadas para o efeito por alguns dos arguidos detidos.


Por: Jastin Soares 

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Mutilação Genital Feminina

Assinala-se hoje o Dia internacional de tolerância zero à mutilação genital feminina.
Lisa Vicente é médica ginecologista e conta que já lhe passaram pelas mãos várias mulheres vítimas de mutilação genital feminina (MGF). A nível nacional, a prática mais comum é a
clitoridectomia, ou seja, a remoção total ou parcial do clítoris ou da pele que o cobre. Em Portugal ainda não há números, mas a responsável pelo departamento de saúde reprodutiva da Direcção-Geral da Saúde (DGS) garante que o facto de não existirem dados estatísticos “não significa que [a MGF] não seja uma realidade”. A médica afirma que ainda há uma “face oculta” na sociedade, que faz com que mulheres vítimas de mutilação não queiram dar a cara.
(...)
O primeiro programa nacional para a eliminação desta prática foi lançado em 2009. Entretanto já vamos no segundo programa, que está em vigor até 2013 inserido no plano nacional para a igualdade de género, cidadania e não discriminação.

A mesma responsável da DGS declara que “a educação é crucial”, porque “os próprios profissionais de saúde às vezes não sabem muito sobre a MGF, como orientar as mulheres ou como falar com elas”. “É preciso dizer que isto existe”, diz a médica da DGS, acrescentando que “se uma pessoa não estiver atenta [a MGF] pode passar despercebida”.
No sentido de ajudar os profissionais de saúde a “procurar” estes casos e a saber orientá-los, foram já traduzidos diversos documentos e promovidas acções de formação. A Associação para o Planeamento da Família (APF) e a Amnistia Internacional Portugal (AI) têm tido neste campo um papel importante, tentando sensibilizar a população através da elaboração de estudos e promoção de workshops e acções de formação (através de uma campanha a nível europeu).

A APF faz o trabalho de campo e lida com as vítimas (...) e a AI promove acções de sensibilização.
(...)
A mutilação genital feminina inclui procedimentos que alteram intencionalmente os órgãos genitais femininos por motivos não médicos, não tendo qualquer benefício para as mulheres. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que cerca de 140 milhões de raparigas e mulheres em todo o mundo tenham sido submetidas a esta prática. A MGF é mais comum nas regiões oeste, este e nordeste de África, em alguns países da Ásia e do Médio Oriente, e entre migrantes destas áreas.

Os motivos para este tipo de mutilação são vários, incluindo causas culturais, religiosas e sociais enraizadas nas comunidades. É considerada uma forma de iniciação da rapariga à idade adulta, bem como uma preparação para o casamento através daquilo que se considera ser um “desencorajamento” da infidelidade. Os órgãos sexuais são, nestas comunidades, considerados “sujos” e próprios dos homens, daí que a sua remoção contribua para a “limpeza” da mulher.

06.02.2012. Por Rita Araújo
Fonte:
http://www.publico.pt/Sociedade/mutilacao-genital-feminina-realidade-em-portugal-e-ainda-pouco-conhecida-1532458

Por: Joana Silvestre

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Fim à Mutilação Genital Feminina

" Fim à Mutilação Genital Feminina é uma campanha europeia, liderada pela Amnistia Internacional da Irlanda, a trabalhar em colaboração com várias organizações em Estados Membros da UE, incluindo a Associação para o Planeamento da Família (APF) e a Amnistia Internacional Portugal.
A campanha tem por objetivo colocar a mutilação genital feminina (MGF) no topo da agenda da UE e dar voz a mulheres e raparigas que sofreram MGF e às que estão em risco. A campanha advoga o reconhecimento dos direitos humanos e tentará persuadir as instituições da UE a assegurar que a UE adopte uma abordagem abrangente e coerente para pôr termo à MGF.
(...)
A MGF é uma manifestação de violações de direitos humanos baseadas no género que pretende controlar a sexualidade e autonomia das mulheres, e que são comuns a todas as culturas. Embora impressionante devido à sua gravidade e dimensão, a MGF não pode ser encarada isoladamente. Fazer campanha para pôr fim à MGF contribui para o avanço dum espectro mais amplo dos direitos das mulheres e raparigas.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, UNICEF e UNFPA, estima-se que cerca de 3 milhões de mulheres e crianças correm risco de mutilação todos os anos.  
A MGF foi documentada em cerca de 28 países do continente africano, bem como em países asiáticos e do Médio Oriente. No entanto, e devido aos crescentes movimentos migratórios, a prática da MGF tem vindo a ser alargada também a outras regiões e países, incluindo europeus."

Carla Hovenkamp