" Fim à Mutilação Genital Feminina é uma campanha europeia, liderada pela Amnistia Internacional da Irlanda, a trabalhar em colaboração com várias organizações em Estados Membros da UE, incluindo a Associação para o Planeamento da Família (APF) e a Amnistia Internacional Portugal.
A campanha tem por objetivo colocar a mutilação genital feminina (MGF) no topo da agenda da UE e dar voz a mulheres e raparigas que sofreram MGF e às que estão em risco. A campanha advoga o reconhecimento dos direitos humanos e tentará persuadir as instituições da UE a assegurar que a UE adopte uma abordagem abrangente e coerente para pôr termo à MGF.
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A MGF é uma manifestação de violações de direitos humanos baseadas no género que pretende controlar a sexualidade e autonomia das mulheres, e que são comuns a todas as culturas. Embora impressionante devido à sua gravidade e dimensão, a MGF não pode ser encarada isoladamente. Fazer campanha para pôr fim à MGF contribui para o avanço dum espectro mais amplo dos direitos das mulheres e raparigas.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, UNICEF e UNFPA, estima-se que cerca de 3 milhões de mulheres e crianças correm risco de mutilação todos os anos.
A MGF foi documentada em cerca de 28 países do continente africano, bem como em países asiáticos e do Médio Oriente. No entanto, e devido aos crescentes movimentos migratórios, a prática da MGF tem vindo a ser alargada também a outras regiões e países, incluindo europeus."
Carla Hovenkamp
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