Assim, a elasticidade de procura de comida pelos agregados familiares é inferior a 1, e tende para 0 com a subida do rendimento.
A explicação deverá ser simples, uma vez satisfeitas as necessidades básicas de alimentação, a capacidade ou necessidade das pessoas gastarem mais em comida é necessariamente limitada.
Neste gráfico é possível comprovar o que Engel concluiu, à medida que o rendimento das famílias aumenta, a percentagem das despesas em alimentação vai baixando enquanto a percentagem gasta em lazer saúde e cultura vai aumentando.
Exemplo Europeu
Neste gráfico é possível comprovar o que Engel concluiu, à medida que o rendimento das famílias aumenta, a percentagem das despesas em alimentação vai baixando enquanto a percentagem gasta em lazer saúde e cultura vai aumentando.
Para se saber o peso que tem um determinado grupo de bens tem na despesa total usa-se o coeficiente de orçamental.
Exemplo Europeu
O consumo mundial, ao longo do século XX (em especial a partir dos anos 50), teve uma expansão sem precedentes, passando de 1,5 biliões de dólares em 1900 para 24 biliões em 1998. Seguindo a mesma tendência mundial, a estrutura do consumo em Portugal tem vindo a alterar-se, acompanhando a tendência europeia: § As despesas de alimentação ocupam o maior peso no total das despesas familiares e acima da média da U.E.
As despesas em lazer e cultura são menores, cerca de 1/3 da média europeia. § As despesas de transportes são mais elevadas e acima da média europeia.
Nos outros países, em que o peso da alimentação é menor, existe maior peso da cultura e lazer (p.e. Bélgica).
Ao longo da última década, Portugal tem vindo a aproximar-se dos padrões de consumo europeus e da média de consumo dos países europeus, demonstrando uma melhoria dos rendimentos da população. Existem também diferenças no consumo de região para região, contudo, o peso da alimentação/bebidas e tabaco continua a ser o mais significativo no total das despesas de consumo das famílias.
O consumo varia também com o agregado familiar, podendo conclui-se também, segundo estudos:
O peso dos gastos com educação e alimentação/bebida aumenta com o número de filhos por casal.
O peso da habitação e alimentação/bebidas é maior para os idosos (mais 50% do seu orçamento).
O peso das despesas com saúde é mais elevado nos idosos do que nos mais jovens.
O peso da habitação é mais elevado nos solteiros com 65 anos ou mais.
O peso das despesas de transportes é maior nos casais com menos de 65 anos e sem filhos
Neste gráfico é possível comprovar o que Engel concluiu, à medida que o rendimento das famílias aumenta, a percentagem das despesas em alimentação vai baixando enquanto a percentagem gasta em lazer saúde e cultura vai aumentando.
Por: André Bernardo
Por: André Bernardo