Esqueçam-se os destinos clássicos – Espanha, Reino Unido e República Checa. Há vida na zona leste da Europa – Letónia, Eslováquia, Hungria – para quem procura o sonho de estudar Medicina e esbarra nas médias altas das faculdades portuguesas. Sabem-no os estudantes, potenciais candidatos, perceberam-no empresas, que se tornaram especializadas na promoção destes destinos.
Este ano, a média mais baixa para entrada num curso de Medicina em Portugal foi de 18 valores – um número que desfaz os sonhos de muitos candidatos. Mas há quem não limite os objectivos ao país e esteja disposto a muito. A investir muito – o curso mais barato custa 51 mil euros, dez vezes mais do que em Portugal.
Licenciados e novatos
A empresa Estudar Medicina aposta em três universidades húngaras. Abriu há dois anos "para responder a uma necessidade do mercado", admite o proprietário, Eduardo Martins, que revela os valores cobrados aos candidatos: "São 205 euros". À empresa tanto chegam licenciados como não licenciados, tendo os primeiros uma taxa de sucesso na entrada de quase 100% - “Esses nem têm de fazer exames de ingresso”, adianta.
Os protocolos com as universidades da Hungria permitem que os alunos estudem um ano nos EUA e, a partir do 3º ano, podem até fazer um ano em Portugal, através do programa Erasmus. As propinas chegam aos 10 mil euros por ano, ou seja, o curso custa 60 mil euros e, em dois anos, a empresa já enviou "cerca de 70 alunos".
Por: Pedro Torres
Fonte: p3.publico.pt
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